Por que não?

Parabéns àqueles que se dão ao trabalho de abaixar para ver o que está escrito num papel do chão. Parabéns àqueles que encontram mensagens em garrafas. Parabens àqueles que escutam palavras jogadas ao vento. Esta é a minha homenagem.

Saturday, April 15, 2006

A pedidos....

Coletânea de piadas de português, edição comentada.

Prefácio

Antes de começar a ler esse post é preciso fazer alguns comentários em relação aos comentários. Primeiro de tudo eu gostaria de chamar a atenção para o fato de a maioria das piadas de português serem na verdade, cópias de piadas que os próprios portugueses contavam a anos sobre os alentejanos. É natural que muitas novas piadas foram surgindo ao longo do tempo em território brasileiro, sendo originalmente piadas de português. Mesmo assim, essa fama que serve de pretexo às piadas de português, mesmo as originadas no Brasil, se deve não à todos os portuguêses mas sim apenas àqueles nascidos na região do Alentejo, os chamados alentejanos.

Também convém chamar atenção para o fato de o autor dos comentários, o senhor Manel da Costa Oliveira Pereira, não é proveniente desta região, e portanto não deve ser submetido ao tratamento reservado à esses provincianos.

Fernando Bastos Trigo de Negreiros
Capítulo um: A orígem.
Um índio, chefe de sua tribo, negociava com um português, a cerca de 500 anos* atrás.
"Manel** levar mulher de índio, levar ouro de índio, matar gente índio, ocupar território índio e índio ganhar o quê em troca?"
Manel responde: "O direito de fazer piada de portugês durante 500 anos***!"
comentários:
*Na verdade, o que aconteceu foi algo bem parecido. Apesar de a piada não seire de facto uma moeda de troca, o negócio foi obviamente mais lucrativo para os Portuguêses do que para os nativos brasileiros. A prova de a piada não teire sido usada como moeda de troca é o fato de elas teirem sido originalmente importadas de Portugal, portanto, impossível de teerem sido criadas para efetivaire um negócio entre índios e portuguêses.
**Manel é um nome comum lá em portugal, mas é extremamente injusto achaire que todo português se chama manuel. Eu me chamo Manuel em homenagem ao meu pai e ao meu avô, mas conheço muitas outras pessoas com outros nomes como Joaquim, João Maria, Pedro e muitos outros. Registros nos informam sobre a contagem de nomes diferentes registrados atualmente e dizem chegaire a até 20!!
***Convém notar que esta piada estáire fora de validade, uma vez que já passaram os 500 anos e ainbda assim continua-se a fazire-se piadas de Português

Thursday, April 06, 2006

END OF THE NIGHT

Take the highway to the end of the night
End of the night, end of the night
Take a journey to the bright midnight
End of the night, end of the night

Realms of bliss, realms of light
Some are born to sweet delight
Some are born to sweet delight
Some are born to the endless night
End of the night, end of the night

End of the night, end of the night

- Jim Morrison

Monday, April 03, 2006

Fumo

As vezes eu queria poder pintar com palavras as cores e os sons que vivo. Acho que todos tem essa ambição pelo menos uma vez na vida. Se fosse possível, o que eu pintaria?

Quando foi que meu coração palpitou mais forte?

Será que valeria mais a pena pintar um segundo? A pior queda da minha vida... o momento imediatamente anterior ao contacto do meu queixo com o chão. Seria um quadro estranho, mas com certeza não seria bonito.

Ou valeria mais a pena pintar uma noite. Sim, um fim de noite, sentado na varanda, a ver o fumo relaxado, evasivo, como meus pensamentos, saindo da ponta do cigarro que enrolei. Enrolar um cigarro é uma arte. É uma arte promíscua como possuír uma prostituta. Por mais egoístas que sejamos, só é possível ter prazer se soubermos, ou nos convecermos de que a puta sente prazer. É do carinho ao moldar a erva seca em seu lençol branco que vem a maior parte - ou mais - o verdadeiro prazer de um cigarro artesanal. Consumi-lo é consumir esse carinho. De forma egoísta, mas ainda assim carinhosa. Como quem acaricia uma prostituta, come-a, consome-a, e ainda assim, acaricia-a.

E eu a relaxar junto com o fumo...

Seria um quadro bonito. Mas só seria completo se eu pintasse a noite inteira e não só a madrugada. Não só o ultimo trago, mas sim tudo o que na seda estrelada da noite queimou e cujas cinzas repousam no cinzeiro que é minha memória. Sim, como a fênix das boêmias a renascer, minhas memórias se solidificariam em um quadro que contivesse todos os aromas e cores e sons da noite tragada pelo tempo. Se imortalizaria contra a vontade desse fumante cruel, na forma de uma obra. Uma abertura para dentro da minha mente, um buraco que leva a um lugar onde a passagem das horas e minutos da noite se fundem em um eterno estático e perdem a irritante mania dos momentos de fugir na forma de fumaça.

Qual noite seria?

Tantas noites, tantos quadros....... Qual ficaria mais bonito? Qual tem os aromas mais coloridos? Os sons mais esbeltos ou as cores mais vivas? Que paladares e toques teriam formas mais perfeitas para essa paleta de sensações que das cinzas da memória renascem?
Ja sei.... ja sei.... ja sei qual contarei!
Mas não hoje que meu cigarro acabou.
Deixemos para outra ocasião
em que não falte fumo nem tempo...