Por que não?

Parabéns àqueles que se dão ao trabalho de abaixar para ver o que está escrito num papel do chão. Parabéns àqueles que encontram mensagens em garrafas. Parabens àqueles que escutam palavras jogadas ao vento. Esta é a minha homenagem.

Tuesday, September 09, 2008

So para nao quebrar a tradicao: desisti de catar macas. proxima paragem, Madrid!!!

Monday, September 08, 2008


Saturday, September 06, 2008

Mudança de planos... sempre

Primeiramente eu quero me desculpar pelos erros de portugues que foram e serao cometidos ao longo de toda a narrativa. Quem quiser que corrija. Eu nao vou copideskar meu proprio texto porque eu nao sou copydeske, e nao vou pagar um copideske pra revisar. Eh um trabalho duro que eu nao me disponho a pagar na mesma proporcao em que nao me disponho a fazer. Alem do mais, os teclados de todos os paises que eu visitei sao diferentes. Talves, com a configuracao normal das teclas eu possa considerar a hipotese de reler toda essa besteirada, mas o mais provael eh que nem eu nem ninguem jamais volte a toca-lo

Parti de paris faz umas duas semanas. Tenho dificldade e pouco interesse em dizer a data de hoje, tao pouco faco uma contagem precisa do tempo que passa. Antes de partir visitei com Kataline as carrieres de egypt, basicamente um buraco na montanha de onde tiraram a pedra para construir Paris. No dia seguinte visitei o Sacre coer e descobri com fascinio que uma semelhansa inconfundivel entre a cor das paredes e a pedra da Carrier d'Egypt.

Basicamente a unica coisa que me prendia a Paris, Juba, parte no mesmo dia para o Brasil. Foi marailhoso conhece-lo e eu espero que tudo corra bem nos proximos 6 meses antes do meu retorno, quando a Fanfarra retornaa formacao maxima de 10 pessoas. De qualquer forma, agora completamente so em paris, exepto por meus novos amigos franceses, recebi a coneniente oferta de Kataline de partir com ela de carona (boleia para os lusos) para o sul, onde seria a festa de casamento de num sei quem da familia dela. Eu nao tinha planos de viagem, entao aceitei.

Nunca nos atrasamos mais. Primeiro, uns dias antes eu tinha aceitado viajar para o sul com Mustafa (aka. Musse), meu companheiro de squat, e por varias desenturas eu acabei na casa da Kataline no dia da partida combinada para as duas viagens. Conversando com kataline sobre o fato de eu ter combinado as duas viagens, sendo que musse pretendia fazer o percurso todo de carona pela estrada, chegamos a conclusao de que ele pode vir conosco perfeitamente. Enfim, no dia seguinte a data marcada para a partida nos fomos buscar meu amigo, e nos preparar para a viagem para o Sul. Acabamos por nos retardar mais um dia, gracas ao game cube de Kamil (o filho de kataline), à maria joana, à preguissa e principalmente por causa da absoluta ausencia de compromisso.

Eh preciso explicar que a festa de casamento era uma aberracao familiar da qual Kataline nao fazia parte. Ela eh uma ovelha negra numa familia de pessoas medianas, consumistas e hiperapegadas à norma (Uma das historias que katalina me contou foi a reacao da familia quando soube que ela estava aprendendo a tocar acordeon aos 30 anos : Rir !!! ). Mas pra coroar o ridiculo cenario familiar que Kataline me pintou basta dizer que o nome da festa era FESTA WOODSTOCK. O principal motivo da viagem ao sul era, na verdade, levar Kamil para encontrar seus primos e primas (ja que nem seu pai nem seu tio, que foram ambos com suas namoradas, se dispuseram a tal).

Enfim. A festa comessara a 2 dias e nos finalmente partimos, num mini caminhaozinho com alguns desenhos pintados na lataria e um verdadeiro quartinho na parte de tras, onde viajaamos eu e Musse. Acampamos por uma noite a beira de um lago, demoramo-nos por mais um dia em Anguleme (nao sei se eh assim que se escreve) na casa de uma amiga de kataline, finalmente atingimos o mar na terceira noite de viagem. Decidimos esquecer a festa woodstock (ate por que NINGUEM ligou para saber se estaa tudo bem e para saber por que Kamil nao tinha aparecido). E ficamos acampados na praia por dois dias antes de descobrir que havia um festival de Rock Progressivo nas redondezas. Descobrimos ao chegar, no fim do primeiro dos tres dias de concerto, que era um evento relativamente grande, mas pequeno o suficiente para ser intimista, dezenas de pessoas acampando conosco, o que torna mais facil acampar.

com uma banda de peso a se apresentar no ultimo dia, e fas de todo o pais que vieram apenas para esse show.

Encontrei a Lucy no Ceu de Diamantes

Depois do concerto partimos para Isle de Or, e enfim nos separamos apos duas semanas e meia de viagem e acampamento (pois… vale lembrar que todo esse tempo estavamos dormindo em tenda e no caminhao). Kateline me deixou em Saintes onde morava uma amiga que nos conhecemos na praia, no sitio do festival. Passei 4 dias la. Eh uma vila genial. Coisas incriveis aconteceram la, como um homem me parar na rua para me oferecer agua espontaneamente. ‘je marche aussi, Je sais com est marche su le solei’ ele me disse.

Tive em Saintes uma experiencia em particular que eh para toda a minha vida. Um sonho de qualquer musico, principalmente de musicos de teclas. A caminhar, no primeiro dia, pela cidade por volta da meia noite, escutei o orgao da igreja. Apos um tempo ele para e eu espero para ver se vai continuar. Dois minutos depois o organista, Antoin (acho que eh assim que se escreve) sai da igreja. Ao contrario das minhas espectativas quando vi a porta abrir-se (eu esperava um senhor vestido de preto com um colarinho branco) ele eh um jovem como os que eu conheci em paris e com quem vivi na casa ocupa, magro e desdentado, que ama a musica e nao cre em deus nem na sociedade capitalista.

Conversamos. Eu pago uma cerveja para nos dois com o dinheiro que fizera a tocar acordeon algumas horas antes. Ele me convida a tocar no orgao. Nos passamos a primeira de duas das noites mais fantasticas da minha vida. No ultimo dia antes de partir voltamos a nos encontrar. Hoje estou em Dax, ao extremo sul de franca, 30 minutos de Bayonne, onde cheguei de carona pensando em seguir para espanha e depois Portugal, mas acabei encontrando um grupo de pessoas numa ocupa bastante grande a poucos minutos de caminhada do centre ville. Afinal vou com eles trabalhar no centro da franca, numa fazenda de maças. De certeza absoluta que logo a seguir o trabalho vou voltar a Saintes para tomar mais uma cerveja e passar mais uma ou duas noites agradaveis na igreja de St. Pierre.